sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Roqueiro é quem faz rock. Quem faz cover é Coveiro!?!?!?!?!?



Comentário bastante infeliz, certamente alguém querendo galgar espaço a golpes de facão, roqueiro é quem gosta e curte um bom rock e não somente quem toca  ou muito menos somente quem faz musica autoral.

Todo músico inicia aprendendo músicas de outros e muitas bandas usam o espaço de bares e casas noturnas destinadas a cover pra divulgar seus trabalhos, isso é bastante comum no meio artístico.

Há sim inúmeras bandas com trabalhos autorais de qualidade merecedores de todos os elogios possíveis e centenas outras fazendo música de gosto duvidoso também.

O que vejo é lastimável. Ao invés de unir-se pra um objetivo comum que é tocar, criando público para um gênero que hoje é praticamente underground, se faz ao contrario com uma critica coma essa, com o intuito de dividir e não somar.

Eu gosto muito de procurar bandas novas com músicas diferentes, mas também gosto de sair escutar cover. No final do ano passado fui ao bar-restaurante escutei uma musica que fez parte da minha adolescência salvo-engano do primeiro disco do Skank. Gostei peguei o nome da banda e escutei as musicas do grupo da internet, minha companheira não gosta de lugares que só tem músicas autorais, ela argumenta que não consegue ter um envolvimento neste ambiente.

Quando uma casa se propõe a só receber músicas autorais ela cria muitas restrições para sí. Os artistas, por que a maioria dos músicos tem suas musicas próprias para carregar um show completo que seja envolvente. O público, que pode não se sentir acolhido por ser tudo uma novidade para ele e ser difícil ele achar um ponto de identificação.

Ironicamente a única maneira que eu vejo uma banda conseguir a empatia do público tocando suas músicas autorais pela primeira vez é que o ritmo e harmonia já soarem familiar. Isto é muito comum em metal, samba, forró... mas ai você caí na armadilha de simplesmente repetir uma fórmula com pequenas modificações (Não seria um isso um tipo de cover?).

Pense nisso: Não Dividir para conquistar e Sim Unir e desbravar.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vamos realmente discutir cultura?




Algum tempo atrás os eventos relacionados a cultura em Anápolis eram raros e geralmente direcionados e movido por algum interesse privado que acabava por restringir a abrangência das atividades à um grupo e temáticas bem específicas.

Já hoje, novos espaços para acontecimentos culturais estão surgindo, o próprio FAMU é fruto desta necessidade e vários outros brotam, mais ou menos fortes, na nossa cidade em grande parte apoiado pelo poder público.

É bacana ver os diversos festivais que estão acontecendo pela cidade. Grito Rock, Anápolis Metal, Festival de Violeiros, Famu, Festival Acústico... estão criando uma nova cara para a cultura anapolina. É importante que este movimento não fique apenas no impacto da “novidade” apoiada pela atual gestão. Governos vêm e vão junto com os seus programas e somente com um trabalho sério e bem sedimentado é possível manter e ampliar o apoio cultural para além de um (ou dois) mandato(s) no paço municipal.

Eu não acho errado o poder público ser o fomentador destas atividades, desde que se avalie a relevância cultural do mesmo e talvez até com alguma contrapartida social. É função do Estado incentivar a produção cultural, principalmente se financeiramente ela for inviável. A iniciativa privada não tem o mesmo interesse pela cultura se ela não tiver algum retorno, seja simplesmente financeiro ou marketing. Alguns eventos classificados como “Alternativos” talvez nunca tivessem a chance de acontecer ou não proporcionariam um estrutura mínima para garantir o seu sucesso.

Precisamos que estas atividades se fortaleçam e assim como seus organizadores. É bom lembrar este movimento cultural ainda é bem jovem e os questionamentos vão sempre surgir e não se pode deixar levar por atitudes imaturas. Vi isso bem claramente na semana seguinte ao FAMU e hoje me preocupa que estas portas podem ser bruscamente fechadas. A ironia é que a culpa vai recair sobre quem trabalhou tanto para abri-las.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sugestões para o V FAMU


Toda crítica deve proporcionar uma analise mais abrangente sobre algo, ajudando o leitor a aumentar seu nível de exigência.
Podemos até classificar que a IV edição do Famu como um sucesso (e de certo modo foi sim), mas temos que pensar quais pontos deram certos, quais não deram e quais podem melhorar. Vamos lá.

Classificação e Final
Quem vai os dois dias de festival percebe que existe algo desproporcional. Enquanto no primeiro dia existe um inchaço de apresentações (vinte), na final poucas músicas (dez) parece que o evento acaba rápido. Uma das coisas mais legais do Famu é o encontro de ritmos e músicos que dificilmente dividiram o palco em outra ocasião. Esta interação é muito bem vinda, faz com que os músicos vejam de perto o trabalho de outros e cresçam como artistas, respeitando a diversidade e o trabalho dos outros. Para isso acontecer é necessário que haja mais espaço para o maior número de músicas concorrer. Minha ideia é que invés de dois, o festival seja estendido para três dias. Dois classificatórios com 15 músicas classificando 7 (ou 8) em cada dia e a final com 14 ( ou 16) músicas. Com isso você abre mais espaço para os músicos e equilibra as apresentações.

Local
O primeiro dia do festival infelizmente foi marcado pela chuva. Este pode ter sido um dos motivos para a regulagem do som ter sido tão complicada neste dia além de ter espantado o público. O Famu já foi realizado no Teatro Municipal, não sei o motivo para ter saído de lá, mas acho que este teatro é a casa da arte anapolina e deveria continuar lá. Um local onde tem um bom camarim para os músicos, a plateia fica confortável, som e iluminação são regulados em um ambiente controlado tendo a certeza que não sofrerá com chuva ou vento.

Seleção
Não quero entrar no mérito da seleção da música este ano, mas acho ele pode ser aprimorado. A comissão avaliadora deve ser composta por um grupo maior e já se deve avaliar nesta etapa os principais quesitos que serão avaliados no dia da apresentação (ritmo, letra e harmonia). Ideal que a comissão seja dividida em três subcomissões. Cada subcomissão classifica as músicas em grupos de 5 de acordo com as quais achar melhor. Ex.: Grupo 1 (do 1° ao 5°), Grupo 2 (do 6° ao 10°), Grupo 3 (do 11° ao 15°) ... Ao final se dá uma pontuação para cada grupo (Grupo 1 – 10 pontos, Grupo 2 - 9 pontos, Grupo 3 – 8 pontos...). Soma-se os pontos que cada música recebeu e se estabelece o rank. Os primeiros colocados são classificados, em caso de empate nas últimas posições, toda comissão reunida seleciona qual música deve ser classificada.
A comissão deve ser formada por três grupos: Membros da secretaria de cultura e comissão organizadora, músicos reconhecidos e profissionais especializados (produtores, promotores de eventos, locutores de rádio...). Os membros das subcomissões podem ser sorteados, garantindo assim que haja uma interação entre eles.

Jurados
A única maneira de garantir que o jure tenha um papel profissional é não tratá-lo como amador. É de suma importância que o corpo de jurado tenha conhecimento técnico para avaliar os concorrentes e o mínimo que a organização pode fazer é pagar cachê a esses profissionais. Se o músico/produtor está julgando um festival, logicamente ele poderia estar trabalhando em outro local naquele exato momento, nada mais justo então ele receber por isso. Cria um laço de compromisso entre jure e festival.
Para garantir a integridade do jure, é necessário que o seja publicado quem serão os jurados com um tempo necessário para que algum dos concorrentes possa impetrar recurso pedindo o impedimento de algum jurado caso sinta que este possa ser tendencioso a outro concorrente. Cabendo a coordenação do festival decidir sobre o impedimento em tempo hábil.
É saudável que em cada dia de festival sejam jurados diferentes, sendo decido por sorteio qual o dia de cada jurado.

Avaliação e Premiação
Geralmente em festivais os quisitos avaliados são Letra, Harmonia, Ritmo e Interpretação. A partir das somatórias das notas se estipula qual foi a apresentação mais completa premiando assim os melhores.
O prêmio separado de interpretação é um pouco redundante, pois ele é avaliado dentro das notas finais. Ou você dá um prêmio separado para cada quesito, ou não dá nenhum.
Acho bacana dar um premio do público. Um “aplaudômetro” ao final das apresentações resolve isso.
Já para o prêmio revelação, se deve estabelecer bem o que se enquadra em revelação. É a primeira vez do músico no festival? Se for, se o Chico Buarque se inscrever ele pode levar essa? Se o festival visa incentivar a música anapolina, esta concorrência devia se restringir aos músicos da cidade.

Transparência
Em toda concorrência em que o resultado final passe pelo fator subjetivo de jurados sempre haverá aqueles que irão discordar. Não vejo como resolver este problema, apenas atenuá-lo. É sim necessário que as notas de todos os jurados sejam divulgada, de preferência na internet. Para ajudar o artista a se desenvolver você tem que apontar quais foram as falhas deles, isto também é função dos jurados/festival. Sem contar que caso haja algum jurado mal intencionado dentro do corpo, este ficará mais receoso por saber que todos conhecerão o que ele fez. Cobrar um jurado pela nota que ele deu a um artista é saudável. O jurado pensará mais antes de proferir aquela nota e assim fará uma avaliação melhor.

E ai, alguém tem mais alguma sugestão?

Olhar Anápolis Ressurge


Olá...

Depois de um período de reflexão, achei por bem retornar o blog. Tomei essa decisão porque nesses dias em nenhum momento achei que fiz algo que me envergonhasse ou errado e que ainda há muita coisa para discutir e percebi que quando abri este canal ele se tornou público e, portanto um ambiente livre para realizar esta discussão.

Sobre as ameaças, acho que vale o risco. Como não fiz nada considerado ilegal não há motivos judicialmente para me preocupar. Vou continuar anônimo, pois assim não corro o risco de sofrer nenhum tipo de perseguição pessoal. Não sou ou quero ser o dono da verdade, por isso, quem discordar, favor usar argumentos e não ataques. Dizer que o que eu digo não tem credibilidade por eu ser um anônimo é uma justificativa muito fraca. Denúncias anônimas acontecem o tempo todo na polícia, a própria investigação sobre o Carlinhos Cachoeira começou a partir de denúncia anônima. 

Antes de parar com o blog já tinha alguns textos escritos que esperava postar, com tudo que aconteceu eu tinha desistido de publicar. Agora, irei publicá-los aos poucos, começando por um texto propositivo sobre o FAMU na parte da tarde. Liberei os demais posts que havia bloqueado, vamos retornar de onde paramos.

Como quero tornar este espaço público, peço que quem quiser colaborar com o blog, pode entrar em contato que vou avaliar o material. O critério para publicação será somente se o conteúdo é coeso com as suas ideias e não ofensivo. Saliento que o autor, caso queira, terá a identidade ocultada por pseudônimo.

Alguns comentários no facebook me compararam ao Batman, no início até achei engraçado, mas depois eu lembrei deste diálogo do Cavaleiro das Trevas que se inicia quando a bailarina Natasha fala sobre a cidade de Gotham, e pergunta sobre quem gostaria de criar um filho na cidade:

Natasha – Me referia à cidade idolatrar um vigilante mascarado.
Harvey - Gotham se orgulha de um cidadão que defende o correto.
Natasha - Gotham precisa de heróis como você, eleitos, que não se considera acima da lei.
Bruce – Exato. Quem elegeu o Batman?
Harvey – Nós, todos os que deixaram a escória controlar a cidade.
Natasha - Mas esta é uma democracia Harvey.
Harvey - Com os inimigos aos portões, os romanos esqueciam democracia e elegiam alguém para proteger a cidade. Não era uma honra, era um serviço público!
Rachel – Harvey, o último homem que nomearam protetor da República se chamava César e nunca abandonou o poder.
Harvey – OK, tudo bem. Ou morre como um herói ou vive o bastante pra virar o vilão.

Não sou um herói, mas vou tentar não virar o vilão.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Fim!



Olá de novo...

Sou anônimo e daqui a alguns instantes apenas uma lembrança.

Infelizmente saio da blogsfera mais pessimista do que entrei. Queria extravasar a minha frustração pelo nível apresentado no IV Famu e terminei sendo ameaçado. Sim fui ameaçado. Não acredito que marcar um dia para que eu vá a um debate no Centro Cultural Joana Dark servirá para fomentar a discussão. É entrar na cova dos leões.

Recebi muitas mensagens de apoio, a grande maioria em particular, pois todos tem medo de serem retalhados de alguma maneira. Quando chegaram as mensagens de que na audição do IV Famu as músicas não foram escutadas totalmente, pensei que devia ter havido um engano, que essas músicas já haviam sido avaliadas por isso interrompiam a execução. Achei que defenderiam que o Coletivo Pequi e Joana Dark apoiam todo o tipo de música e músicos e que não havia conflito de interesses, pois eles sempre tiveram ao lado de todos os artistas que pediram ajuda. Enganei-me.

Conseguiram... encerro este blog não porque tenho medo de ser descoberto. Não cometi nenhum crime, apenas levantei fatos, mas acharam melhor me atacar pessoalmente do que se defender. Em direito é assim, se você não consegue provar sua inocência, a estratégia é desmerecer a acusação. Não haverá mais posts porque percebi que não existe espaço saudável para discussão. Parabéns, vocês conseguiram que me cala-se.

Adeus.

Ataque ou Defesa?


Olá pessoal.
Esta manhã não tive tempo para verificar a repercussão que o post “Mais Reflexões sobre o IV Famu” e só agora vi que a história foi entendida de maneira equivocada.

Nos últimos dias recebi várias mensagens reclamando do que se batizou de “panelinha”. As reclamações eram graves e achei que abriria uma discussão saudável sobre o assunto, até abrindo espaço para que as partes tivessem o direito de se defender.

Ontem na hora do almoço eu entrei em contato com o Leo Carneiro, prints abaixo são da conversa que tive pelo facebook. Enfatizo para o horário da conversa.











No início da conversa o Leo não queria me passar o seu email, mas ao final, tanto me passou o seu email quanto ainda me aconselhou a sair do anonimato. Reparem que ele até admitiu que irei sofrer represaria.

Aqui está o email que enviei para ele.

Observe que no email em nenhum momento o acusei de nada. Mas dei a oportunidade de expor o seu ponto de vista.

Em momento algum disse que o resultado do festival foi influenciado pelos fatos narrados, mas indaguei se não existe provável conflito de interesses. Como vocês podem ver, ele não QUIS me responder.

Mas olha o tamanho da incoerência: invés de explicar o que foi narrado no post anterior, se livrando de qualquer tipo de sombra que possam pairar sobre eles, me ataca dizendo que eu sou anônimo e não tenho credibilidade. Se sou anônimo, vendo os comentários de hoje vejo que estou certo em sê-lo.

Continuo aberto para que, caso ele queira, coloque seu lado da história. Como pessoas que são importantes para cultura anapolina, não pode haver dúvidas. Quero que o Joana Dark, Coletivo Pequi e qualquer atividade cultural que eles promovam possam continuar firme e crescer. Precisamos disso!

Antes estava anônimo por opção, hoje estou por segurança.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mais Reflexões sobre o IV Famu



Ao fazer meus posts a cerca do FAMU, recebi muitas criticas de pessoas que acharam incorretas minhas colocações. Houve os que as fizeram abertas e muitas, ressalvo muitas, em diálogos fechados dizendo concordam 100%, infelizmente não se manifestaram publicamente com medo de sofrerem ataques ou boicotes. Peguei pesados talvez com algumas pessoas, mais estavam ali justamente para serem avaliados como músicos defendendo uma música. Não estava condenando ninguém a uma vida inteira de sofrimento por uma má apresentação ou algum deslize, isso acontece. Não estava julgando a dificuldade que cada um passou para estar ali, muito menos merecimento por quem ela é, faz, ou fez, e sim por aquele momento específico. Critiquei todos os participantes sim. Não achei que seria honesto falar apenas de alguns, tenho a certeza que são músicos com qualidade e capazes de melhorar, e que também existem muitos músicos bons em Anápolis que ficaram de fora, ou por não passarem na seleção ou por não se inscreverem. A propósito, não me escrevi neste festival e não acredito que o melhor da cidade foi aquilo que vimos. E nem poderia, pois vimos apenas uma música com pouco mais três minutos duração.

Durante o processo de discussão que ocorreu após a publicação dos post, me chamou muito a atenção sobre a recorrência sobre o assunto da existência de uma “panelinha”. E sobre isto, acho que devo comentar algo:

O festival foi organizado pela Secretária de Cultura, Anashopping, e Coletivo Pequi. Ótimo! Espero que eles possam tomar frente nos próximos sem problemas. O que me chama atenção foi na fase de seleção, e quem estava no Anashopping na quarta-feira, dia da audição, viu como estavam sendo avaliadas as músicas inscritas através de gravação: era colocada a musica e os jurados escutavam somente alguns segundo. Ora, uma música é uma obra com começo, meio e fim, que para ter sentido deve ser apreciada em sua totalidade e que merece respeito. Escutando trinta segundos de uma musica de mais de três minutos, dificilmente conseguiria realmente selecionar as que tivessem melhor qualidade.

Outra questão era a imparcialidade. Um dos jurados dessa fase de seleção foi Leo Carneiro, que é o representante do Coletivo Pequi (http://coletivopequi.wordpress.com/), também dono Centro Cultural Joana Dark, onde bandas dos coletivos se apresentam, juntamente com algumas da cidade.

Além de ter ligação profissional com essas bandas, tem amizade com vários membros delas, e isso é constatado facilmente. E vi que as bandas que fazem parte deste círculo de amigos foram selecionadas entre as vinte. Na fase de apresentação do dia 20, a esposa do Leo Carneiro compôs a mesa de jurados e tem as mesmas ligações, e essas mesmas passaram para a final.

Não estou acusando que houve qualquer tipo de privilégio ou manipulação, apenas acho que existe um conflito de interesses nesta história que abre uma janela onde se pode questionar a imparcialidade dos envolvidos.

P.S.: Entrei em contato com o Leo Carneiro por facebook e email para ouvir o seu lado, no entanto, apesar de ter concordado em me atender, chegou o horário limite (18 horas) e ele não havia respondido. Se ele quiser se pronunciar, será prontamente atendido.