Algum tempo atrás os eventos relacionados a cultura em Anápolis
eram raros e geralmente direcionados e movido por algum interesse privado que
acabava por restringir a abrangência das atividades à um grupo e temáticas bem
específicas.
Já hoje, novos espaços para acontecimentos culturais estão
surgindo, o próprio FAMU é fruto desta necessidade e vários outros brotam, mais
ou menos fortes, na nossa cidade em grande parte apoiado pelo poder público.
É bacana ver os diversos festivais que estão acontecendo
pela cidade. Grito Rock, Anápolis Metal, Festival de
Violeiros, Famu, Festival Acústico... estão criando uma nova cara para a
cultura anapolina. É importante que este movimento não fique apenas no impacto
da “novidade” apoiada pela atual gestão. Governos vêm e vão junto com os seus
programas e somente com um trabalho sério e bem sedimentado é possível manter e
ampliar o apoio cultural para além de um (ou dois) mandato(s) no paço
municipal.
Eu não acho errado o poder público ser o fomentador destas
atividades, desde que se avalie a relevância cultural do mesmo e talvez até com
alguma contrapartida social. É função do Estado incentivar a produção cultural,
principalmente se financeiramente ela for inviável. A iniciativa privada não
tem o mesmo interesse pela cultura se ela não tiver algum retorno, seja
simplesmente financeiro ou marketing. Alguns eventos classificados como “Alternativos”
talvez nunca tivessem a chance de acontecer ou não proporcionariam um estrutura
mínima para garantir o seu sucesso.
Precisamos que estas atividades se fortaleçam e assim como
seus organizadores. É bom lembrar este movimento cultural ainda é bem jovem e
os questionamentos vão sempre surgir e não se pode deixar levar por atitudes
imaturas. Vi isso bem claramente na semana seguinte ao FAMU e hoje me preocupa
que estas portas podem ser bruscamente fechadas. A ironia é que a culpa vai recair
sobre quem trabalhou tanto para abri-las.
Nenhum comentário:
Postar um comentário